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segunda-feira, 16 de novembro de 2020

O sono da morte | Você está pronto pra isso (Análise com spoiler)

Olá você que dorme tarde porque fica enriquecendo a dona do Tudun, cês estão bonzinho!?

Hoje nós vamos falar sobre mais uma estreia da Netflix "O sono da morte" de Mike Flanagan, e já te adianto que me levanto em defesa do Flanagan porque o pessoal tem pegado pesado com o cara.
Então simbora.



Título: O Sono da Morte
Formato: Filme
Ano produção: 2016
Duração: 1h 37m 
Dirigido por: Mike Flanagan
Gênero: Terror
Elenco: Kate Bosworth, Thomas Jane, Jacob Tremblay, Annabeth Gish, Dash Mihok, Kyla Deaver
Sinopse: Jessie (Kate Bosworth) e Mark (Thomas Jane) Hobson adotam uma criança chamada Cody (Jacob Tremblay) após a morte de seu filho Sean. Algum tempo depois eles descobrem que os sonhos de Cody podem se tornar realidade, mas seus pesadelos são mortais.


O filme

O casal Jessie e Mark ainda vivem o luto pela perda de seu único filho, luto esse que ganha força quando percebem que não poderiam ter outro filho pro vias normais, recorrem a terapia em grupo e buscam por uma nova solução que os auxilie a curar essa dor, a adoção.
Do outro lado vemos Cody uma criança de 8 anos que vem passando por diversos lares adotivos sem sucesso depois da morte da mãe, e que agora é encaminhado mais uma vez a uma nova família quer terror maior que esse?



Crítica

Gente vamos lá...
Como você encara o terror? O que é o medo pra você?
Preciso sugerir que você pense sobre isso porque acho que perdemos um pouco a sensibilidade sobre esse assunto.
Eu sempre procuro ler algumas críticas antes e depois de ver os filmes (simplesmente porque sim), e tenho me deparado com comentários completamente descontextualizadas dizendo que mais uma vez Flanagan errou a mão na produção de seus filmes e por conta disso acabam desprestigiando o trabalho que ele tem apresentado.




Penso que ao contrário da grande massa, Flanagan tem um jeito peculiar de ler o medo e por isso é tão incompreendido, ele não está tão preocupado em seguir o clichê mas sim em espelhar a alma humana  trazendo a tona medos que são corriqueiros como o medo da morte, medo da nossa própria sombra animalesca, medo da solidão, entre outras palavras ele parece querer representar um medo real sobre coisas reais.




Neste filme vemos duas situações sendo exploradas,  a de Jessie e a de Cody.
Jessie que vive o luto pela morte de seu filho (detalhe morte acidental), que desperta nela o medo de que o mesmo aconteça ao Cody, mas paralelamente seu desespero a leva a "usar" Cody para rever seu filho porque a falsa sensação de realidade a conforta, dá pra perceber a quantidade de fantasmas que a assombra.
Em contrapartida vemos Cody uma criança inocente que perde sua mãe para o câncer e cria em sua mente um monstro porque ainda não estava pronto pra lidar com a realidade dura da perda.
Quer viver um filme de terror pior que esse?



O que acontece é que nós estamos em busca do terror externo porque não estamos sendo capazes de lidar com o nosso próprio filme de terror interno, esse filme que a gente passa a vida toda ignorando, então quando vemos uma produção que nos confronta o classificamos como não tão bom, afinal inconscientemente esses medos já fazem parte de nós.
Por esse motivo acho genial a forma de representar o medo que Flanagan transmite na minha opinião é necessário muita sensibilidade para produzir algo assim.

Mas claro este não é o único motivo que me encanta nos filmes do cara...
Adoro os fantasmas escondidos, a fotografia, a mise en scene e desculpe todo o resto também.
Isso não quer dizer que foi tudo perfeito, porque não foi, mas isso se refere aos detalhes técnicos que na maioria das vezes são imperceptíveis aos leigos.

O sono da morte é um bom filme e se você assistir  com carinho pode descobrir muito sobre você mesmo.

PS: Antes que eu me esqueça uma das vitimas dos sonhos de Cody vai parar em um sanatório, está pessoa por muito pouco não mata a pobre criança, o que pra mim reforça muito mais a ideia de que aquilo que a gente não domina a gente elimina, joga pra baixo do tapete, pense a respeito.

Um comentário:

  1. Eu adoro esse filme mas justamente pelo que você falou, as nuances do final que querendo ou não teve um final feliz (para frisar que é dentro do contexto maior) é o retrato da vida real

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