O homem invisível | Um filme provocador de debates

O homem invisível de Leigh Whannell carrega o mesmo título da produção de  James Whale de 1933, mas este é o único vinculo entre os dois, a versão mais recente apesar de ter parte do mesmo conceito vem transitando por temas atuais com toque de modernidade, um prato cheio pra quem gosta de passar horas argumentando sobre cinema, então bora conhecer um pouco mais sobre o filme.

Título: The invisible man

Formato: Filme
Ano produção: 2020
Duração: 2h 04m
Dirigido por: Leigh Whannell 
Gênero: Terror/ Ficção Científica

Elenco: Elisabeth Moss, Aldis Hodge, Storm Reid, Harriet Dyer, Michael Dorman e Oliver Jackson-Cohen

Sinopse: Um cientista enlouquecido usa seu poder para se tornar invisível e aterrorizar sua ex-namorada. Quando a polícia se recusa a acreditar em sua história, ela decide resolver o assunto por conta própria.

Mais sobre o filme 

Cecilia Kass vive um relacionamento abusivo com Adrian um rico engenheiro e empresário de óptica (fator importante) buscando fugir de seu agressor ela resolve drogá-lo o que facilita potencialmente sua fuga, algum tempo depois já livre das garras de Adrian ela é surpreendida pela notícia de sua  morte , porém percebe que seu pesadelo havia apenas começado.

O filme foi lançado prematuramente nas plataformas de streaming após 3 semanas de sua estréia no cinema por conta do Covid-19 mesmo assim arrecadou US $ 124,5 milhões.

O Homem Invisível foi escrito e dirigido por Leigh Whannell, cocriador e roteirista da franquia Jogos Mortais isso reflete na violência explícita e nos momentos angustiantes que esse filme proporciona, mas embora seja um filme de terror bem orquestrado em sua fotografia, e porque não falar também sobre um roteiro interessante O homem invisível esteve presente na boca do povo não por sua qualidade cinematográfica mas por sua premissa feminista envolvendo relações abusivas, violência contra a mulher e coisas do gênero.

De uma certa forma as pessoas relacionaram a trama ao processo traumático vivido por Cecilia que mesmo fugindo da ameaça física estava envolta na ameaça psicológica de um homem que não se via mas que continuava a perturbando, o fato das pessoas próximas não compreenderem essa questão também diz respeito a situação atual em que vivem muitas mulheres, como se a ameaça estivesse apenas na sua cabeça.

A maneira como Adrian é representado como um companheiro amoroso e dedicado também leva a entender porque muitas mulheres acabam enxergando o relacionamento abusivo como excesso de amor apenas.

Para algumas pessoas nem qualidade e muito menos a premissa feminista foram suficientes para considerar este filme uma obra de arte, e até mesmo a crítica especializada não foi unânime embora tenha sido em sua maioria positiva, mas afinal o que eu achei desse filme?

O filme tem doses de tensão e violência pra ninguém botar defeito, as atuações foram boas destacando é claro o empenho da protagonista Elisabeth Moss em expressar sua ansiedade, desespero e loucura, muitos elementos relacionados a produção do longa para mim foram satisfatórios mas o roteiro...

Bem o roteiro vem com uma ideia interessante mas a sensação que tive é que ele se auto sabotou em alguns momentos, talvez se o homem invisível fosse mesmo um fator de terror psicológico tivesse sido melhor aceito de maneira geral, mas a existência de um traje que transforme um humano em um ser invisível também não foi um fator determinante negativo.

O homem invisível se mostra um bom filme, porém não excepcional.

Easter egg

| Há uma breve cena em que percebemos uma pessoa envolta em bandagens, este é  um “easter egg” para agradar aos fãs de “O homem invisível”  clássico de 1933.

| Em uma determinada cena podemos perceber a imagem do Billy (aquele boneco feio do Jogos Mortais) estampada em uma parede.

Clássico de 1933

Sinopse: Jack Griffin cria a fórmula da invisibilidade e a aplica em si próprio, mas ele precisa descobrir o seu antídoto para poder reverter o processo, caso contrário ficará assim para sempre, ao mesmo tempo, sonha em tornar-se muito rico após vender sua invenção para algum país, que a usaria para ter um exército invisível.

O roteiro é de R.S. Sherriff, baseado no livro de H.G. Wells.

Este foi também  o primeiro filme americano protagonizado por Claude Rains.

Em 2008, The Invisible Man foi selecionado para ser preservado pela Biblioteca do Congresso dos EUA.

E você o que achou do filme? Deixe sua opinião aqui nos comentários.

Um abraço e até o próximo post.