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terça-feira, 10 de março de 2020

Amnésia | Um filme digno de ser esquecido

Olá paçoquinhas espero que vocês estejam bem.

Hoje vamos falar de um filme que promete, promete, promete e só promete mesmo, Amnésia de  Michael Polish é um filme que merece ser esquecido.




Título:
Amnésia
Formato: Filme
Ano produção: 1994
Duração: 1h 30m
Dirigido por: Michael Polish
Gênero: Suspense
Elenco: Kate Bosworth,Wes Bentley,Olivia Rose Keegan
Sinopse: Ao acordar de um coma sofrendo de amnésia, um homem passa a suspeitar que a mulher que está ao seu lado não é quem ela diz ser.


O filme 


Entre cenas de um filme antigo onde uma criança parecia se divertir nos deparamos com um grave acidente de carro.
Uma das vitimas é um homem que agora sofre de amnésia, ainda acamado parece desconfiar da história contada por sua "esposa", então pouco a pouco ele segue juntando as peças desse quebra-cabeça a fim de entender como foi parar ali e onde está sua filha a menina que aparece em suas vagas lembranças.




Análise com Spoiler 

Gente embora evite dar spoleirs  nesse caso é quase inevitável, primeiro porque para tecer uma crítica completa preciso expor alguns elementos que fizeram parte da construção do roteiro e segundo porque ao pesquisar por conteúdo referente a esse filme percebi que a grande maioria dos espectadores ficaram com muitas dúvidas.
Sendo assim caso você ainda não tenha assistido e queira se torturar fazendo-o leia este post depois de faze-lo ok, mas se você quer apenas saber sobre o que se trata essa bomba bora lá.




Bom são tantas coisas pra comentar sobre esse filme que vamos faze-lo em partes para que nenhum detalhe escape dessa análise.

1º Fotografia 

Luz, muita luz, luz em excesso, tanta luz que muitas coisas são completamente ofuscadas por ela, se a intenção era causar desconforto acredito que não deveria chegar ao ponto de me fazer cogitar desligar a tv porque estava quase impossível ver alguma coisa nas cenas, claro que olhando pela intencionalidade em causar a sensação de confusão, esquecimento, mente vazia ok, mas na minha opinião foi muito excessivo.
Ambientes enormes com pouca informação, muito claros, muito escuros, meio abandonados, além da pouca exploração dos locais também foi um ponto incomodo, embora é compreensível essa limitação visto que o homem que sofreu o acidente não conhecia a casa onde estava dessa forma nós também não a conheceríamos.
Obviamente esses detalhes de ambientação não esconderam o que ainda estava por vir, em uma determinada cena a mulher resolve serrar um homem que matou sem que nem porque e ai o show de horrores começa, eita bagaceira!
Ela treme com uma violência, gente precisava disso tudo não! Você não vê sangue espirrando pra todo lado e o instrumento que ela utiliza para tal feito parece uma motoserra da pior qualidade com uma faca de cortar pão sendo usada como lâmina, claro que a esquisitice não ia parar por ai, pois os caras resolvem dar um close no corpo sendo mutilado e sinceramente podiam ter se poupado dessa vergonha.



2º Personagens 

Os personagens resumem-se em: Mulher, homem, Audrey, policial, detetive e carteiro.
Aparecem alguns outros com participações tão vagas que nem vale a pena comentar.
A mulher: não tem expressão.
O homem: parece um banana, pois se compararmos seu tipo físico ao de sua esposa ele poderia facilmente ter escapado das presepadas da ser humana.
Audrey: parece a única personagem com um pequeno grau de inteligencia.
Policial: coitada dessa moça sério.
Detetive: o cara é um parasita.
Carteiro: morreu por estar no lugar errado e na hora errada.

No geral TODOS os personagens desse filme são rasos e pouco expressivos, essa falta de emoção faz o filme descer ladeira abaixo.




3º Roteiro

O roteiro desse filme fechou com chave de ouro sua missão de ser uma produção inassistível.
Preocupados com sei lá o que os caras não deram nem nome aos personagens, a não ser por Audrey que provavelmente recebeu o minimo de atenção de seus pais.
Embora a história tenha uma sequência isso não quer dizer que houve coerência em sua construção, muitas pontas soltas que poderiam servir para que o espectador criasse suas teorias acabaram por extinguir qualquer possibilidade de faze-lo.
A história começa mostrando um filme caseiro de uma criança feliz, brincando e essa cena se entrelaça com um acidente onde uma menina assustada grita PAI, a sequência mostra um homem em uma cama no meio de um comodo enorme e muito iluminado, ao acordar de seu coma profundo e com amnésia ele se depara com uma mulher que diz ser sua esposa mas parece mais aquelas governantas de filmes antigos, ela prepara sua comida, cuida de seus ferimentos e tenta convence-lo sem expressar qualquer sentimento que eram felizes antes do acidente.
Nesse ponto algo já havia me chamado a atenção, o homem antes do acidente parecia ser tão insano quanto a mulher, depois do acidente eles não parecem fazer parte do mesmo plano, mesmo com amnésia ele tem uma expressão menos louca.
O pobre do carteiro vai lá ela não atende, a essa altura o detetive também aparece e não sai da sua sala, não gesticula, duvido até se respira, até mesmo quando diz estar em outra sala me faz perceber como as duas salas são idênticas.




Situações sem tanta importância vão acontecendo até que o homem sem nome resolve investigar sua esposa e descobre que ela é fã de anatomia humana, tem vários brinquedinhos no porão, e claro não poderia faltar o maior clichê dos filmes de terror um corpo no armário, depois disso ela passa a torturar o pobre coitado, a e se lembra do gesso que ele tinha na perna era fake, artimanha usada por sua esposa para limitar sua mobilidade, mas e a Audrey?
Bem duas pessoas morrem e Audrey aparece mas parece que cortaram sua língua, se sim ou não nunca saberemos pois o filme da inúmeras voltas mas nenhuma explica essa questão.
O homem acha que Audrey é filha dele e ta todo preocupado mas quando ela consegue fugir não tenta ajudá-lo a escapar também então pensei EPA tem caroço nesse angu, e claro que tinha, a mulher e o homem sequestraram Audrey porque a mulher queria ter um filho e não conseguia então usaria o dinheiro do resgate de Audrey pra custear seu tratamento, ou seja o homem não era mocinho era cúmplice e descobre isso ainda no hospital onde depois é morto pela doida da mulher sem nome.

Essa imprevisibilidade do final foi a única coisa que me animou um pouco  mas já era o final do filme e acabou não compensando a surpresa.

Podia ser bom? Podia.
Porque não conseguiu?  Porque se confundiu na própria ideia, deixou o espectador muito alheio aos acontecimentos do filme, exagerou em coisas desnecessárias na intenção de causar suspense e agonia e simplesmente ignorou o ponto principal que deveria ser apenas embalado por fotografia e som, o roteiro.
Não explicar coisas como em que momento o marido tomou lugar do ex, como ela saiu do acidente bem arrumada e sem nenhum arranhão, ou porque matou o carteiro, ou como silenciou Audrey nos deixou vagando nos acontecimentos sendo obrigados a acreditar nos acontecimentos só porque o roteiro dizia que era assim e pronto.
Além do que o interesse que a mulher tinha por anatomia, instrumentos cirúrgicos, tratamentos a base de choque e lobotomia não correspondem a uma mulher que só deseja ser mãe.

Enfim só não me senti mais traída porque filmes ruins permitem uma melhor análise do conjunto da obra porque não trazem empolgação o que as vezes nos leva a não prestar atenção nos detalhes enquanto focamos na história.

Então é isso espero que tenham gostado, até o próximo post.

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