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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

O limite da traição | Crítica - De olho no assunto

Olá pipoquinhas de açúcar!

Estive dando uma passeada pela internet e pelas redes sociais quando percebi um zum zum zum a respeito do filme O limite da traição, disponível na Netflix, e claro como minha missão neste blog é tratar sobre conteúdos bons e ruins decidi escrever a respeito, então simbora.






Título: A fall from Grace/ O limite da traição
Formato: Filme
Ano produção: 2020
Duração: 1h 55m
Dirigido por: Tyler Perry
Gênero: Suspense/ drama policial
Sinopse: A íntegra e dócil Grace confessa ter assassinado seu marido, mas sua jovem advogada desconfia de algo e parte em busca da verdade.


 O filme 

Após o divórcio Grace sente-se só, mesmo com uma bela casa e uma vida financeira bem estabelecida anseia  por amor, um relacionamento tipico dos contos de fadas.
Sarah que tem acompanhado de perto a necessidade da amiga segue incentivando seu sonho até que indiretamente leva Grace a conhecer Shannon um rapaz bem mais novo que ela mas dono de uma doçura, uma delicadeza e um romantismo tão envolvente que consegue desarmar todas as precauções de Grace e acaba se tornando seu marido.
Tempo depois ao perceber que foi roubada por ele Grace o mata e acaba presa, Jasmine uma ingressante no ramo da advocacia foi designada para trabalhar em sua defesa o problema é que ela é conhecida como advogada dos acordos o que não traz a Grace alguma expectativa de liberdade então se declara culpada.




Crítica

Tyler Perry parece ter um  objetivo com a produção de seus filmes - causar reflexões, e se esse é seu único objetivo palmas pra ele porque presumo que  tenha obtido êxito nesta questão.
O limite da traição assim como For colored girls tendem a nos levar a pontos de reflexão sobre questões cotidianas que muitas vezes passam desapercebidas mas nem por isso deixam de merecer nossa atenção.
No caso de O limite da traição vemos uma pessoa ingênua sendo enganada pela melhor amiga e quem nunca passou por uma situação como essa?




O fato de uma mulher experiente estar tão carente a ponto de ignorar princípios básicos de segurança reflete muito o que acontece hoje mesmo que muitas vezes aconteça por meio de aplicativos de relacionamento ou pela internet, em outras palavras o filme retrata algo tão atual e presente na sociedade quanto o maldito corona vírus, golpes existem!
A representatividade também parece ser outro ponto com o qual Tyler Perry se preocupa, em seu elenco 95% negro vemos a intenção de mostrar um "padrão" diferente do proposto na maioria dos filmes americanos que sinceramente muito me agrada.



Mas se por um lado Tyler Perry acerta em suas escolhas por outro HELP ME!
A premissa de suas ideias é muito boa mas se perde no meio do caminho, com um roteiro previsível e atuações um tanto rasas fica difícil ser envolvida pelo drama de Grace.
Com várias histórias sendo exploradas concomitantemente não fica muito claro a real motivação para que esta história esteja sendo contada.
Um filme que tem  duração de quase 2 horas poderia ter explorado muito mais situações como o fato de Sarah esconder idosas no porão, ou até mesmo ter se dedicado mais a história de Grace.
As atuações deixaram muito a desejar  em especial a de Grace que está presa por matar uma pessoa, mas seu desespero não fica claro assim como sua inércia também não, além disso não há abertura para que a dúvida seja instaurada, se ela sabe que o corpo não estava mais no local quando Sarah foi até lá porque não se perguntou em nenhum momento onde estava o corpo?
Nesta questão a produção peca em um quesito que é especialidade da Netflix: não ser objetiva e transformar um filme em uma série de duas horas sabendo que este tempo não é suficiente pra uma  série e muito longo para um filme que se explica em uma hora e meia no máximo.
Jasmine também me causou um pouco de indigestão, se tudo na trama parece absurdo do ponto de vista coerência personagens sem personalidade marcante e com comportamento irritante foram um ponto crucial aqui, Jasmine é advogada mas seu comportamento birrento só deixa claro que não foi uma feliz escolha dentro do  roteiro.




Infelizmente a ideia de nos fazer refletir sobre o tema não foi suficiente para dizer que este filme é bom, mas deixando a crítica de lado e levando em conta apenas uma obra fictícia podemos dizer que O limite da traição é uma trama clichê que mostra apenas mais do mesmo e que peca em querer ser mais que isso.

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